Hoje, num dia em que caia muita neve tive uma aula numa unidade de cuidados intensivos de neurocirurgia. Naquela unidade maior parte dos casos têm um prognóstico reservado ou então incerto. Mesmo com toda a mais avançada medicina e tratamento, não se sabe muitas vezes qual será o futuro de muitas das pessoas que entram por aquelas portas. Grande percentagem das pessoas que ocupam as camas desta unidade têm diagnósticos muito graves e grande parte delas não terá mesmo salvação ou ficará dependente de outros para viver...
Mas que vida, será isso viver?
Em busca de um caminho para olhar para isto assisti a um filme intitulado «whose life is it anyway» em que o actor Richard Dreyfuss interpreta o papel de um talentoso escultor e artista que sofre um acidente de carro,depois do qual fica tetraplégico e apenas move a cabeça. Mantém todas as suas faculdades cognitivas e mentais e consegue falar, mas não consegue mexes nenhum outro músculo do pescoço para baixo. Deparado com esta realidade e depois de viver sob cuidado hospitalar permanente decide que não que mais viver assim, pois para ele isto não é viver...
Vi também o vídeo do suicídio assistido de um senhor, Craig Eward a quem foi diagnosticada uma condição neurológica degenerativa que fazia com que progressivamente fosse perdendo todas as suas funções motoras e eventualmente iria falecer devido a ela. Vendo este cenário decidiu recorrer a' única clínica no mundo que poderia, legalmente proceder ao suicídio assistido chamada Dignitas na Suíça.
Agora, será que deverá ou não ser deixado na mão da pessoa que sofre a escolha de poder ou não acabar com a sua própria vida?
Deveria ou não ser possível em certos casos dar-se a opção do suicídio assistido ou eutanásia? Se sim, em que casos sim e em que casos não?
O eterno dilema se levanta.....deixo-vos os links com os vídeos.
Whose life is it anyway : http://www.youtube.com/watch?v=ghaWRNzy1jI
right to die, assisted suicide euthanasia : http://www.youtube.com/watch?v=bxQYTFIZi8A
Da' que pensar!