Onde chegam os portugueses?

Tendo como mote as presidenciais do passado dia 23, apresento-vos musicas que acabam por de alguma maneira reflectir bem e talvez explicar o sentimento partilhado pelos quase 50% de portugueses que não foram votar...

Temos uma visão que explica que todo o português encontra sempre alguma razão ou desculpa para adiar aquilo que tem que fazer...Por um lado todos se queixam, dizem mal da crise, da situação do pais, do governo, dos políticos e das medidas adoptadas por eles nesta situação de instabilidade económica. Mas a verdade e' que ninguém tem a vontade, iniciativa ou mesmo o bom senso de realmente fazer qualquer coisa quando a oportunidade lhes e' dada para tal. Portanto aqui vai esta visão sobre nos portugueses numa musica dos tão nossos Deolinda:



A segunda visão, também muito perspicazmente apresentada por esta banda que tão fielmente descreve outra atitude do bom português. Queixamo-nos, de tudo, de todos ate' do sol a nascer todos os dias....as vezes sem ver a sorte que alguns de no's temos em estar melhor que maior parte das pessoas do mundo, sempre com a maior convicção que as nossas dores, são as maiores dores que se podem ter. Não nos contentamos com o que temos, não nos contentamos com a felicidade simples e singela do ter saúde, trabalho e dinheiro para comer, vestir e calcar, precisamos de mais, melhor, maior...Mas la esta', se nos contentarmos com isso e não tivermos dores, isso também e' um problema, pois deixa de haver razoes para nos queixarmos:



Quem sabe se não podemos aprender com outros povos. Mas se pensarmos bem não precisamos de aprender com os outros, podemos olhar para os nossos antepassados, recuando uns anos, uns séculos ate'. Podemos aprender a ambicionar mais e mais alto, trabalhar e crescer, voltar a depositar no que fazemos a dedicação, o esforço e a grandeza que nos ensinam os Homens dos descobrimentos. Podemos voltar a ter consciência critica, com a preocupação social, a iniciativa politica e a vontade de mudar que perseguiam os valores de Abril...Não precisamos de ir mais longe...

Basta que nos lembremos que nem sempre fomos assim!